A amigdalectomia é uma cirurgia de extração das amígdalas, gânglios localizados no fundo da garganta, que barram diversos agentes patogênicos causadores de infecções. Ganhou grande popularidade na década de setenta como um método habitual para eliminar amigdalites constantes e, é indicada tanto para adultos quanto para crianças.
Atualmente, o número de indicações cirúrgicas tem diminuído. Embora seja um procedimento muito comum e que não cause grande impacto na vida do paciente, é considerada uma última opção de tratamento.
O que são amígdalas?
As amígdalas são gânglios linfáticos localizados na garganta, que desempenham um papel importante na imunidade e defesa do organismo, especialmente durante a infância e adolescência. Já que ajudam a manter bactérias e outros germes, que entram no corpo por meio da respiração, bem longe dos locais que possam causar infecções.
Quais são os problemas que costumam manifestar?
A contribuição das amígdalas para o sistema imunológico é muito importante nos primeiros anos de vida e, com o chegar da idade adulta, essa função é diminuída.
Quando são atingidas por uma grande quantidade de vírus e bactérias, aumentam de tamanho e infeccionam, provocando a amigdalite, febre e dificuldades para comer. Outros sintomas comuns de problemas na região incluem infecções bacterianas ou virais, halitose e mal-estar.
Quais são as situações em que a amigdalectomia precisará ser realizada?
Hoje, a amigdalectomia só é realizada se o paciente apresentar doença obstrutiva, infecções agudas de repetição (que acontecem em pacientes que sofrem de sete ou mais episódios em um ano e, mais de cinco episódios em dois ou três anos consecutivos) ou tumores .
Além disso, ela é indicada para episódios de abscesso (possíveis complicações de infecções),. No entanto, o principal motivo fica por conta do crescimento exagerado das amigdalas causando sintomas obstrutivos.
Esse problema acaba predispondo o desenvolvimento da apneia do sono (ausência de entrada de ar nas vias aéreas por mais de dez segundos).
Nesse caso, a amigdalectomia torna-se uma importante opção terapeutica . Também é muito importante saber que não existe idade ideal para que essa cirurgia seja feita e sim, o momento certo de cada paciente, que vai depender da gravidade do caso.
Como essa cirurgia é feita? E qual é a sua duração?
A amigdalectomia é realizada no hospital, logo após a conclusão dos exames pré-operatórios e com jejum prévio de oito horas, já que o paciente será submetido à anestesia geral. A duração do procedimento varia de trinta minutos a uma hora.
Durante a cirurgia, são introduzidos um abridor de boca e algumas gazes para vedação e proteção das vias aéreas inferiores. Assim, evita-se que qualquer resíduo da operação caia sobre elas.
Depois, a amigdalectomia é realizada na cavidade oral — sem a necessidade de cortes ou incisões externas.
E o pós-operatório?
Depois do procedimento, o paciente deverá evitar alimentos quentes, de consistência dura .
Após a alta hospitalar, as atividades físicas serão proibidas por dez a quatorze dias e, as restrições alimentares durarão por uma a duas semanas.
Nos sete primeiros dias após a cirurgia deverá ser mantida uma dieta líquida e fria (com exceção de sucos cítricos). A partir do sétimo dia deve-se retornar à alimentação normal aos poucos.
Deve-se evitar tossir e limpar a garganta com muita força. Podem ocorrer também dores de ouvido, mau hálito e febre baixa, além de uma membrana branca que poderá surgir no fundo da garganta.
O principal risco dessa cirurgia é o de hemorragia, que poderá ocorrer no período pós-operatório. Mas isso não é motivo de preocupação, afinal, com a ação rápida da equipe médica, esse quadro poderá ser contornado tranquilamente.
Quais são as principais contraindicações ao procedimento?
Essa cirurgia não poderá ser feita em pacientes com processos infecciosos, ou inflamatórios ativos nas vias aéreas superiores e, alterações dos fatores de coagulação sanguínea. No entanto, a imunodeficiência, a insuficiência cardíaca, a alergia e a fissura palatina devem ser vistas apenas como contraindicações relativas que não chegam a impossibilitar a operação, mas que exigem cuidados especiais antes do procedimento.
Por fim, é importante lembrar que esse processo cirúrgico só poderá ser realizado após rigorosas avaliações clínicas de um especialista.
Sendo assim, o paciente deverá ser orientado por um otorrinolaringologista da sua confiança, antes de ser submetido à amigdalectomia. Ele avaliará a sua história de infecções de repetição ou de respiração oral, bem como o impacto que causam no seu estado de saúde geral.
Gostou de conhecer as principais informações sobre a amigdalectomia? Ficou com alguma dúvida, ou apenas deseja saber se precisará passar por esse procedimento cirúrgico? Então, não deixe de entrar em contato conosco para que possamos ajudar você.