O sangramento nasal ou epistaxe é a perda de sangue pelo nariz, que embora seja alarmante, é uma ocorrência muito comum.
Na maioria dos casos, o sangramento ocorre próximo à parte mais externa do nariz. Os casos mais raros de sangramento são na região interna e apresentam efeitos mais graves e intensos.
Neste artigo vamos abordar as principais causas da epistaxe, como é feito o diagnóstico e os tratamentos adotados. Continue a leitura para saber mais!
Principais causas do sangramento nasal
A maioria dos casos de epistaxe ocorre devido ao rompimento de pequenos vasos que passam pela mucosa nasal. A fragilização das veias e artérias pode ser provocada por:
- clima muito seco;
- corpos estranhos — objetos introduzidos no nariz;
- pós-operatório de cirurgias nasais;
- reações inflamatórias e infecciosas — rinite, sinusite e inalação de irritantes ambientais;
- traumatismos — batidas, fraturas, entre outros;
- tumores na parte interna do nariz;
- utilização de medicamentos nasais;
- distúrbios de coagulação;
- hipertensão.
Quando os sangramentos são mais graves, abundantes e difíceis de serem controlados, têm como principais causas:
- doenças infecciosas e vasculares;
- hipertensão arterial;
- medicamentos anticoagulantes (aspirina e outros);
- problemas cardíacos;
- quimioterapia;
- leucemia;
- uso de narcóticos.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por um médico otorrinolaringologista com base em relatos do paciente (anamnese) para identificar o tipo de sangramento, a frequência e a gravidade.
No exame físico é avaliado o estado geral do paciente e verificada a coloração da mucosa nasal, a hidratação, a pressão arterial e a frequência respiratória.
Exames
Caso o médico necessite de exames complementares, ele pode pedir um hemograma e um coagulograma para obter informações sobre as condições de coagulação do sangue.
Para os casos mais severos ou em sangramentos de repetição, podem ser necessários outros testes como:
- nasofibroscopia — exame da parte interna do nariz com aparelho que contém uma câmera na ponta;
- endoscopia digestiva alta — para avaliação do esôfago, estômago e duodeno;
- broncoscopia — examina a traqueia, os brônquios e os pulmões;
- tomografia computadorizada — verifica os vasos internos e a presença de tumores;
- angiografia — introduz contraste nos vasos sanguíneos, para facilitar a visualização de tumores, coágulos ou outras anomalias.
Tratamento
Os sangramentos mais leves e eventuais podem ser controlados inclinando-se a cabeça para frente e pressionando a narina que está sangrando por, pelo menos, 10 minutos.
Para os casos persistentes e sangramentos abundantes que não conseguem ser controlados, é fundamental procurar ajuda médica.
O tratamento é feito com base no diagnóstico, podendo ser adotada a cauterização, o tampão ou a cirurgia, como podemos verificar a seguir.
Cauterização química
É realizada com substâncias químicas para “queimar” os vasos sanguíneos, por meio da aplicação de um algodão com anestésico local e uma substância vasoconstritora.
Também é utilizado um algodão embebido com ácido tricloroacético ou nitrato de prata para cauterizar.
Tampão nasal anterior
Quando as técnicas de cauterização não resolvem o sangramento, o médico utiliza tampões (espumas sintéticas) nasais para interromper a perda de sangue.
Após ser colocado na cavidade nasal, o tampão é preenchido com soro. Assim, ele se expande e comprime as paredes dos vasos sanguíneos. Normalmente, é retirado entre 48 e 72 horas.
Cirurgia
Para os casos de epistaxe persistente, é indicada uma cirurgia para ligadura das artérias por via endoscópica.
Conforme comentamos neste artigo, embora o sangramento nasal seja muito comum, pode ser um sinal de complicações na saúde. Dessa forma, é de fundamental importância consultar um otorrinolaringologista para avaliação, diagnóstico e tratamento.
Gostou das informações deste artigo? Então, siga as nossas redes sociais para saber mais sobre a saúde das vias respiratórias. Estamos no Facebook e no Instagram!