Elas seguem os mesmos protocolos, exigem cuidados pré e pós-operatórios, demandam tempo de recuperação e são atentamente acompanhadas por uma equipe multiprofissional de saúde. Mas as semelhanças acabam por aí. Embora sigam percursos semelhantes, as cirurgias estéticas e funcionais diferem essencialmente em dois pontos: suas motivações e seus resultados.
Enquanto os procedimentos cirúrgicos estéticos se destinam a corrigir algum detalhe estético do corpo que desagrada o paciente — seja uma lipoaspiração para eliminar o culote, seja um lifting no rosto ou o aumento dos seios com a ajuda de próteses de silicone — as cirurgias funcionais são indicadas por questões estritamente de saúde.
Mas o que pouca gente sabe é que, muito embora consistam em técnicas bastante distintas, as duas podem, em alguns casos, ser combinadas em um só procedimento, proporcionando assim uma série de vantagens aos pacientes.
Conheça os detalhes dos dois tipos de intervenção e entenda como e em quais casos eles podem ser feitos de uma só vez:
Cirurgia estética
São procedimentos realizados com o intuito exclusivo de proporcionar melhorias na aparência do corpo, corrigindo o formato do nariz, melhorando a flacidez ou removendo o excesso de gordura da barriga, por exemplo. Nas cirurgias estéticas, não há implicações na saúde que exijam a intervenção, e a realização delas, embora seja necessária a avaliação e o aval de um médico, fica a critério do paciente.
De forma geral, a procura por um procedimento cirúrgico de cunho estético se deve a uma insatisfação pessoal com o próprio corpo. Em alguns casos, esses incômodos — geralmente quando muito evidentes ou alvo de comentários e gozações — chegam a afetar a estrutura psicológica das pessoas.
Porém, independentemente da motivação, as cirurgias com objetivo estético são sempre feitas com a intenção de melhorar o aspecto físico de quem se submete a elas e de ajustar as expectativas com relação aos seus corpos. Os resultados desses procedimentos, embora ajudem na autoestima dos pacientes, não afeta nenhuma função orgânica nem ajudam no restabelecimento da saúde.
Cirurgia funcional
Vários problemas de saúde, como a presença de nódulos e tumores, disfunções ginecológicas, cálculos na vesícula, doenças ortopédicas ou uma apendicite, por exemplo, podem exigir a realização de um procedimento cirúrgico para a sua resolução. Nesses casos, trata-se de cirurgias com objetivos funcionais, ou seja, cujo intuito é resolver um problema de saúde do paciente.
Para que elas sejam indicadas, há a necessidade de exames que determinem um diagnóstico. É ele que vai justificar a intervenção no paciente com o objetivo de melhorar a sua saúde, de restabelecer as funções do organismo e até de salvar vidas, corrigindo assim problemas que exigem o procedimento.
Desta forma, diferentemente das cirurgias estéticas, algumas cirurgias funcionais, no caso de indicadas em decorrência de problemas mais graves, podem exigir urgência na sua realização.
Procedimentos combinados
Em algumas situações, uma cirurgia funcional previamente marcada pode ser aproveitada para a realização, ao mesmo tempo, de um procedimento estético. A prática tem se popularizado entre pacientes por oferecer vantagens como a necessidade de somente uma anestesia, internamento único e uma só recuperação, além de economia nos custos, já que a parte funcional costuma ser custeada pelos planos de saúde.
Mas é preciso obedecer a regras e observar as contraindicações a serem avaliadas pelos cirurgiões envolvidos. Cirurgias de emergência ou que envolvam risco de morte obviamente não podem ser feitas em conjunto com procedimentos estéticos.
Mas a lista de impedimentos vai além: presença de infecções, cirurgias oncológicas, gastrointestinais, abdominais de grande porte e as que possam acarretar grande perda de sangue geralmente são contraindicação para uma intervenção estética ao mesmo tempo.
Quando se trata de procedimentos menos arriscados, como cirurgias ginecológicas, ou alguns procedimentos não urgentes feitos por laparoscopia, por exemplo, a combinação, porém, é viável. Mas para isso é preciso uma combinação prévia entre as equipes de cirurgiões, já que a intervenção vai exigir um planejamento mais elaborado tanto com relação à anestesia quanto com o estabelecimento de que cirurgião deve atuar primeiro.
Nesses casos, as equipes costuma conversar para em primeiro lugar avaliar se de fato a realização concomitante não implica riscos ao paciente. Se não houver problema, os especialistas definem o roteiro da cirurgia e avaliam a necessidade de algum cuidado específico.
Uma das cirurgias campeãs em combinação de cirurgia estética e funcional — tanto pelo fato de se realizar em um único órgão quanto por poder ser feita por um único profissional — é a correção de algum problema nasal feita em conjunto com a plástica de nariz. Desta forma, é possível realizar de maneira concomitante tanto uma rinoplastia funcional, destinada a corrigir disfunções, quanto uma rinoplastia estética, cujo objetivo é de melhorar a aparência do paciente.
Além do mais, é bastante comum que disfunções funcionais e estéticas coexistam no nariz, e uma única intervenção cirúrgica no local para resolver os dois problemas ao mesmo tempo é garantia de maior comodidade para o paciente. Isso faz com que o próprio médico frequentemente recomende a combinação dos dois procedimentos.
Outra grande vantagem é o fato de ambas as intervenções poderem ser realizadas por um único médico — seja ele cirurgião plástico ou otorrinolaringologista —, com a condição de que o profissional tenha formação específica.
No caso da parte estética da cirurgia, é possível corrigir tanto a parte cartilaginosa do nariz, alterando sua largura, por exemplo, quanto a estrutura óssea do local, esculpindo-a a fim de se conseguir um perfil mais harmônico com o rosto do paciente.
Estruturalmente, a rinoplastia funcional é capaz de resolver problemas como desvio de septo, hipertrofia dos cornetos ou um mal posicionamento das cartilagens, problemas capazes de afetar seriamente a correta circulação do fluxo de ar nas narinas e de ocasionar transtornos aos pacientes por conta de obstruções ou dificuldades de respiração.
Submeter-se a um procedimento capaz de resolver problemas de saúde e corrigir incômodos estéticos é hoje uma prática corriqueira entre pacientes que têm indicação de uma cirurgia eletiva de baixa complexidade. Além de aliar o útil ao agradável, a combinação de cirurgias funcionais com intervenções estéticas propicia a facilidade de uma recuperação única, reduzindo assim intercorrências e possíveis complicações, além de poupar tempo e dinheiro dos pacientes.
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