Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), há uma estimativa de que no Brasil sejam diagnosticados 10.180 novos casos de linfoma não Hodgkin a cada ano. A prevalência refere-se à pessoas do sexo masculino, com mais de 60 anos.
Esse linfoma é o tipo de câncer mais frequente, que se desenvolve nos linfonodos (gânglios). Ele ocorre quando uma célula normal do sistema imune (linfócito), responsável por defender o organismo de infecções, cresce de maneira continuamente desordenada.
Neste artigo, vamos comentar sobre as principais características dessa enfermidade, seus fatores de risco, sintomas, bem como o diagnóstico e tratamento. Continue a leitura e saiba mais!
Principais características do linfoma não Hodgkin
Os linfomas são classificados como linfomas Hodgkin e não Hodgkin. A diferença entre eles se encontra basicamente nas características malignas das células, identificadas após biópsia e análise.
O linfoma não Hodgkin se espalha pelos linfonodos das regiões do pescoço, axilas e virilha. Também afeta a medula óssea, baço, fígado e sistema gastrointestinal.
Há mais de 20 tipos de linfoma não Hodgkin, que são classificados de acordo com a célula e o seu comportamento biológico, como:
- indolentes: com evolução lenta;
- agressivos: de crescimento rápido e mais invasivo.
Fatores de risco
Há poucos fatores de risco identificados quanto ao desenvolvimento de um linfoma não Hodgkin. Os principais são:
- imunidade baixa;
- portadores da bactéria Helicobacter Pylori, que provoca úlceras gástricas;
- exposição química (pesticidas, solventes, fertilizantes, inseticidas e herbicidas);
- contato com água contaminada por nitrato — substância encontrada em fertilizantes;
- exposição a altas doses de radiação.
É importante observar que muitas pessoas com essa espécie de linfoma não estão incluídas nesse grupo de risco, assim como a maioria dos indivíduos que apresenta um ou mais desses fatores nunca desenvolve a doença.
Sintomas
O linfoma não Hodgkin pode causar diferentes sintomas, dependendo do tipo e localização no organismo. Em alguns casos pode não apresentar nenhum sinal, até atingir um tamanho perceptível. De um modo geral, os mais comuns incluem:
- calafrios;
- fadiga;
- falta de ar ou tosse;
- febre;
- hematomas ou hemorragias;
- abdômen inchado;
- infecções graves ou frequentes;
- perda de peso;
- aumento dos linfonodos;
- pressão ou dor no peito;
- sensação de saciedade após uma pequena refeição;
- sudorese noturna.
Diagnóstico do linfoma não Hodgkin
O diagnóstico é feito por meio da biópsia do tecido de um linfonodo ou de um órgão que apresente sinais da doença. Nesse momento é importante o estabelecimento do diagnóstico diferencial em relação ao linfoma Hodgkin, bem como a alguns tipos de leucemia.
Após o diagnóstico, os exames de imagem, como tomografia, RX de tórax, PRT-CT e ressonância magnética, são importantes para determinar a extensão da doença e a localização das áreas atingidas. Quanto menos desenvolvida a doença estiver, melhor será o seu prognóstico.
Tratamentos
Há vários tratamentos, como a radioterapia, terapia alvo, quimioterapia, imunoterapia e transplante de células-tronco. A indicação da melhor terapêutica depende do tipo de linfoma, condições de saúde do paciente, do estágio em que a doença se encontra e prognóstico.
Dessa forma, é fundamental que as opções para o tratamento, bem como os possíveis efeitos colaterais sejam discutidos com o médico, para facilitar a tomada de decisão sobre o caminho mais adequado.
Como vimos, o linfoma não Hodgkin é um tipo de câncer com alto índice de ocorrência no Brasil. Por esse motivo, é essencial entender a doença, seus sintomas e buscar orientação médica aos primeiros sinais.
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