A cirurgia plástica funciona como qualquer outra operação: ela está propensa a imprevistos e desfechos que podem, algumas vezes, fugir do resultado estético esperado.
Nesses momentos, é necessário parar e pensar com calma sobre os próximos passos. Nem tudo está perdido, sendo possível manejar a situação para reverter o efeito indesejado. Para isso, a rinoplastia revisional pode ser uma excelente opção.
O nome desse procedimento diz tudo. A cirurgia revisional é indicada para corrigir imperfeições de outras operações, incluindo a estética. Por esse motivo, o termo só é utilizado para se referir a intervenções secundárias e corretivas.
Embora possa parecer paradoxal, é possível sim utilizar de um procedimento cirúrgico para corrigir outras operações.
É possível que essa opção seja recheada de dúvidas:
- Como a cirurgia é feita?
- Quais detalhes podem ser corrigidos?
- Como se preparar?
Pensando nisso, o artigo de hoje focará nas principais dúvidas acerca da cirurgia revisional. Não perca tempo e conheça mais sobre essa possibilidade caso a rinoplastia não tenha dado certo!
Como é realizada a rinoplastia revisional?
Essa é uma modalidade de cirurgia plástica, seguindo os mesmos princípios das outras. A necessidade de correção de estruturas varia conforme a imperfeição a ser corrigida: pode-se envolver desde a pele externa do nariz até estruturas ósseas internas.
Caso seja necessario, é possível realizar correções funcionais (como de desvio de septo) juntamente com a rinoplastia revisional.
Nas rinoplastias revisionais quando a cartilagem do septo nasal ja foi utilizada na primeira cirurgia podemos usar cartilagem da orelha ou da costela para conseguir a sustentação adequada do nariz .
Quando procurá-la?
A rinoplastia é um procedimento complexo, que necessita de tempo para atingir os resultados esperados. Por se tratar de uma cirurgia estética no rosto, é comum uma certa ansiedade em relação ao efeito final: o paciente que se submete ao procedimento frequentemente deseja os efeitos o mais imediatamente possível.
É necessário um grau de paciência no pós-operatório, no entanto. O primeiro argumento a favor de esperar um pouco mais é que nossa percepção precisa de tempo para se adaptar. Quando passamos por qualquer alteração em nosso rosto, é comum olharmos no espelho e vermos um estranho.
Em relação ao formato do nariz, um elemento central, esse sentimento de estranhamento é ainda maior.
Além disso, nos primeiros meses ocorrem algumas alterações relacionadas ao próprio ato cirúrgico: vermelhidão e inchaço no pós-operatório, este processo de cicatrização dura cerca de um ano , antes disso em geral não é indicado uma nova cirurgia.
É mesmo possível reconstruir?
Após passar por um procedimento estético que deu errado, é natural que a confiança em cirurgias esteja baixa. Como pode, afinal, uma operação consertar o que não deu certo em outra operação? É possível uma cirurgia reverter um possível dano gerado por outra cirurgia?
Para responder a essas questões, devemos nos lembrar que todo procedimento cirúrgico é cercado de peculiaridades.
Os profissionais envolvidos, o suporte do centro e a saúde atual do paciente são fatores que influenciam no resultado final. Por isso, qualquer desarmonia entre esses parâmetros pode trazer a efeitos não desejados na rinoplastia.
Além disso, a cirurgia inicial pode evidenciar detalhes desagradáveis sobre o seu nariz que antes você não notava; nesse caso, a operação não foi o causador do problema. Ela apenas serviu para que você percebesse novas imperfeições após a correção de um que chamava mais a atenção.
Como agir no pós-operatório?
Existem algumas recomendações em relação ao pós-operatório que servem tanto para a rinoplastia clássica quanto para a revisional. Como ambas as intervenções participam do mesmo grupo dentro das cirurgias plásticas, elas são relativamente similares. As indicações de cuidados no período pós-operatório, portanto, são úteis tanto para a primeira quanto para a segunda cirurgia.
É importante mencionar que um dos fatores que mais influencia na necessidade de uma rinoplastia revisional está presente no pós-operatório: as forças de tensão exercidas sobre o nariz. Como, após o procedimento, o nariz está mais frágil do que o normal, ele deve ser deixado em máximo repouso evitando riscos de trauma na região.
O que deve ser considerado?
Caso você já tenha passado por uma rinoplastia que não deu certo, existem alguns fatores que devem ser considerados.
Cirurgias anteriores
O primeiro deles é em relação ao tempo decorrido da cirurgia anterior, já mencionado acima: é recomendado que você aguarde no mínimo alguns meses . Se ainda assim você mantém a insatisfação, a rinoplastia revisional pode ser uma opção.
A decisão pela intervenção passa pelos mesmos processos da outra rinoplastia. Toda operação possui riscos e benefícios, devendo eles ser avaliados individualmente por você e seu médico de confiança.
Já tendo passado por uma operação com efeitos desfavoráveis, ninguém melhor do que você para definir esses fatores.
Escolha do profissional
Por fim, é necessário se atentar à importância de um profissional de confiança. A técnica cirúrgica empregada, as recomendações para o pós-operatório e a correta indicação fazem toda a diferença na cirurgia.
A experiência com rinoplastia também cumpre um papel fundamental no desfecho cirúrgico: profissionais mais habituados à cirurgia predispõem a menos erros e uma taxa de melhora maior na rinoplastia revisional.
Em contextos de efeitos indesejados na rinoplastia, a intervenção revisional cumpre um papel relevante de correção. Para realizá-la, você deve se atentar ao tempo para realização da cirurgia e o seu custo-benefício. Por fim, é importante ter em mente que seus sintomas podem ser revertidos com a operação e deve tomar alguns cuidados: escolher o profissional correto é primordial para resultados satisfatórios.
O Dr. Homero Ferraro é especialista em otorrinolaringologia, rinoplastia e cirurgia de cabeça e pescoço. Ele atende em São Paulo, capital, e dentre sua vasta experiência está a rinoplastia revisional. Conheça mais!